Por Hugo Veiga
21/12/2019
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Compreender as diferenças entre saibro e piso sintético no tênis é fundamental para o apostador ser lucrativo no tênis. Ambas as superfícies são bem diferentes e nem todos os jogadores conseguem se destacar nas duas.
Mesmo com uma camada interna de borracha, as quadras sintéticas não absorvem tanto o impacto da bolinha amarela quanto o piso de saibro. Com isso, a bolinha ganha e mais velocidade e não quica muito alto. Por esse motivo as trocas são rápidas no piso sintético. Além disso, quanto menor for a camada de borracha, mas rápida fica a superfície.
Sendo assim, jogadores que sacam muito e que têm estilo de jogo agressivo costumam se sair bem nesse tipo de superfície. Mas nem sempre é assim, já que jogadores como Rafael Nadal, Novak Djokovic e Daniil Medvedev não são “marreteiros” e são excelentes na quadra rápida.
Nesse caso, além das características de jogo, o apostador deve levar em o histórico dos tenistas nessas superfícies. Saibristas como Pablo Cuevas e Laslo Djere, por exemplo, sofrem para jogar na quadra sintética.
Vale destacar, também, que existem quadras sintéticas sem cobertura (a mais utilizada) e as quadra sintéticas cobertas (indoor). E elas apresentam algumas diferenças, principalmente em relação à velocidade do jogo. Ou seja, Jogadores com saque excelente, podem ser mais agressivos em ambientes fechados e jogar sem vento dá maior poder de precisão ao bater na bola.
Além disso, há uma diferença de sons entre ambientes abertos e fechados. “”As pessoas não sabem quanto os jogadores confiam no som para avaliar a velocidade e o ponto da raquete com que seu oponente rebateu a bola”, disse a tenista Bethanie Mattek-Sands, vencedora de cinco Grand Slams. “No indoor, é preciso fazer um pequeno ajuste”, completa.
O piso de saibro é a superfície mais lenta do tênis e é a mais utilizada nos países da América do Sul e na Espanha. É raro jogadores dessas regiões que não sejam especialistas na superfície de terra batida.
A quadra de saibro é coberta por pó de tijolo e isso deixa a superfície muito fofa. Não por acaso, a bolinha amarela quica mais na terra batida e o jogo fica mais lento — o que é muito bom para jogadores que gostam de longas trocas, como Rafael Nadal, Novak Djokovic e Dominic Thiem.
Tenistas que não têm muita paciência para longas trocas e de pouca mobilidade apresentam muita dificuldade para jogar em uma superfície tão lenta como a terra batida. No saibro, é preciso ter muita técnica e preparo físico para controlar os pontos e o saque não é tão importante quanta em superfícies rápidas.
Outro ponto importante a destacar é que o saibro é molhado constantemente para deixar o piso compacto. Se o piso de terra batida receber muita água, a quadra fica ainda mais lenta. Em dias de chuva, por exemplo, isso acontece muito.
Pelo fato da quadra sintética ser mais rápida, há menos quebras de saque e jogadores com maior nível de agressividade tendem a levar vantagem. Já no saibro o jogo fica mais lento e o saque tem menos relevância, devido à velocidade da superfície. Portanto, jogadores com ótimo nível de consistência em longas trocas se dão bem na terra batida.