Surpresas e colapsos: o que as odds mostram na ebulição da NFL em 2025

Escrito por: Deivis Chiodini, Colaborador | Revisado por: Ricardo Crespo, Editor-chefe
Última atualização com odds corretas em out 09, 2025 03:12 pm – Odds sujeitas a alterações

nfl 2025

A NFL é, acima de tudo, imprevisível. A cada semana, surpresas e decepções se alternam nos gramados, mostrando que nenhum resultado é garantido. Times que eram apontados como favoritos podem tropeçar, enquanto outras equipes, desacreditadas, conquistam vitórias memoráveis. Essa instabilidade é parte do charme da liga e faz com que as odds nas casas de apostas em operação no Brasil sejam verdadeiras montanhas-russas; afinal, no futebol americano, tudo pode mudar rapidamente.

Colts surpreendem e dominam em 2025

Uma das histórias mais surpreendentes de 2025 é a do Indianapolis Colts. Após um ano anterior de incertezas e um início de campanha cercado de dúvidas sobre o encaixe ofensivo, o time conseguiu encontrar equilíbrio e consistência em praticamente todas as fases do jogo.

O principal fator dessa virada é Daniel Jones. Muito criticado no passado por sua irregularidade e propensão a erros, o quarterback vive o momento mais eficiente da carreira: apenas dois turnovers em cinco jogos, comandando um ataque que está entre os cinco melhores da NFL em jardas totais, pontos e eficiência em terceiras descidas. Jones tem mostrado calma no pocket, precisão nas leituras e, acima de tudo, a confiança necessária para ser o líder de uma unidade explosiva.

2025 NFL season Colts Jonathan TaylorOutro ponto determinante é o desempenho de Jonathan Taylor, que voltou a atuar em nível de MVP. Com 480 jardas corridas em cinco partidas, o running back tem sido a engrenagem central do sistema ofensivo, castigando defesas com sua visão e potência. O equilíbrio entre o jogo terrestre e aéreo transformou o ataque dos Colts em um pesadelo para qualquer adversário.

Mas o sucesso não se resume ao ataque. Lou Anarumo, em seu primeiro ano como coordenador defensivo, promoveu uma transformação imediata no outro lado da bola. A defesa está no top-10 da liga em pontos cedidos, turnovers forçados e sacks, demonstrando disciplina, agressividade e uma capacidade impressionante de ajustar-se durante os jogos.

Com essa combinação de solidez e eficiência, os Colts deixaram de ser apenas uma promessa e se tornaram um dos times mais perigosos da AFC, com as casas de apostas projetando uma classificação da equipe aos playoffs pela primeira vez desde 2020, e mostrando que o projeto de reconstrução em Indianapolis finalmente deu certo.

Jaguars mostram consistência inesperada

Liam Coen devolveu a alegria ao torcedor do Jacksonville Jaguars. Com campanha 4-1, o time de Doug Pederson poderia facilmente estar invicto — a única derrota veio no estouro do cronômetro contra os Bengals, em um jogo equilibrado do início ao fim. A solidez e a maturidade que faltavam em anos anteriores agora se tornaram a marca registrada da equipe.

A grande força dos Jaguars em 2025 tem sido a defesa oportunista, que lidera toda a NFL com 14 turnovers forçados. A unidade comandada por Ryan Nielsen combina agressividade no front seven com inteligência no fundo do campo, criando oportunidades em momentos decisivos. É um grupo que não apenas contém, mas muda o rumo das partidas.

No ataque, o equilíbrio voltou a ser uma realidade. O jogo terrestre, que acumula mais de 130 jardas por partida, tem sido uma arma constante, especialmente graças ao renascimento de Travis Etienne, que recuperou o dinamismo e a confiança que o tornaram um dos running backs mais explosivos da liga. Esse domínio pelo chão tem aberto espaço para o crescimento do jogo aéreo.

E quem tem se beneficiado disso é Trevor Lawrence, que vive a temporada mais madura da carreira. Mais consistente e seguro, o quarterback mostrou liderança de elite na vitória de virada sobre os Chiefs, um momento que simboliza bem a evolução da equipe.

Com uma defesa dominante, um ataque equilibrado e um quarterback finalmente no controle, os Jaguars provaram que não são apenas candidatos aos playoffs — são legítimos concorrentes a competir forte na pós-temporada, e isso pode ser visto nas odds de apenas 1.30 para sua classificação.

Sobrevivendo ao caos, 49ers mostram força do coletivo

Mesmo enfrentando uma onda de lesões que poderia derrubar qualquer postulante, o San Francisco 49ers segue mostrando por que é uma das franquias mais bem estruturadas da NFL. Com campanha 4-1, o time tem superado a ausência de nomes cruciais como Brock Purdy, George Kittle e Nick Bosa, mantendo-se competitivo e eficiente em ambos os lados da bola.

O grande responsável por essa resiliência é Kyle Shanahan. O head coach tem montado planos de jogo brilhantes, ajustando o sistema ofensivo às limitações do elenco e explorando ao máximo as virtudes de seus jogadores. O ataque mantém ritmo e criatividade, alternando formações e ritmos de forma quase cirúrgica — uma assinatura de Shanahan.

nfl 2025 san francisco 49ers Kyle ShanahanNesse contexto, Mac Jones tem surpreendido como substituto sólido de Purdy. Longe de ser espetacular, o ex-quarterback dos Patriots vem sendo eficiente, cuidadoso com a bola e executando o playbook com precisão. Sua capacidade de distribuir passes curtos e manter o ataque em movimento tem sido essencial para evitar quedas bruscas de desempenho.

Do outro lado, a defesa voltou a um nível de elite com o retorno de Robert Saleh como coordenador defensivo. O grupo está cedendo menos de 20 pontos por jogo, ocupa o top-5 em eficiência em terceiras descidas e o top-10 na red zone — estatísticas que mostram uma unidade disciplinada e dominante.

Mesmo sem várias de suas estrelas, os 49ers continuam jogando com identidade, intensidade e inteligência. Essa combinação, somada à genialidade de Shanahan, faz de San Francisco um dos times mais perigosos e mentalmente fortes da temporada e o principal candidato a uma viagem aos playoffs na NFC Oeste.

Steelers: eficiência acima do brilho

O Pittsburgh Steelers talvez não encante os olhos, mas têm feito exatamente o que mais importa na NFL: vencer. Com campanha 3-1 e nenhum outro time da divisão com recorde positivo, a equipe de Mike Tomlin mais uma vez mostra por que é sinônimo de consistência e competitividade, mesmo sem o brilho de outras potências da AFC.

O ataque não é dos mais explosivos, mas tem sido eficiente quando precisa. A presença de Aaron Rodgers trouxe experiência e controle ao sistema, e o simples fato de o veterano não gerar polêmicas extracampo já é, por si só, uma vitória para a franquia.

Dentro de campo, ele tem comandado o ataque com inteligência situacional, explorando o jogo terrestre e garantindo aproveitamento altíssimo nas oportunidades decisivas. Não à toa, os Steelers estão entre os dez melhores times da NFL na red zone, transformando oportunidades em pontos com regularidade.

A defesa, por sua vez, segue como a alma do time. O grupo está em segundo lugar em turnovers conquistados e conseguiu ao menos um em cada partida até aqui, mostrando disciplina e oportunismo. T.J. Watt e companhia continuam impondo respeito com uma capacidade acima da média de forçar erros em momentos críticos.

Mesmo sem grandes números ofensivos, os Steelers têm um DNA de luta e resiliência que poucos times conseguem igualar. Com Rodgers jogando de forma madura, uma defesa dominante e Tomlin mantendo o padrão de excelência, Pittsburgh é aquele adversário que talvez não brilhe — mas quase sempre sai com a vitória –  e as odds de apenas 1.78 para se classificar aos playoffs depois de temporadas desastrosas ilustram a mentalidade da equipe de Mike Tomlin.

O colapso dos Ravens é assustador

As odds acima mascaram o fato de que a temporada do Baltimore Ravens tem sido, até aqui, uma enorme decepção — e não há outra forma de definir um time que entrou em 2025 como um dos favoritos ao título no Super Bowl LX, mas hoje amarga uma campanha de 1-4 e uma das piores defesas da NFL. O que antes era um sistema disciplinado e físico sob John Harbaugh virou um colapso coletivo. A unidade defensiva, que por anos foi a identidade dos Ravens, agora cede em média 35 pontos por jogo, a pior marca da liga. Faltam consistência, comunicação e, principalmente, intensidade.

No ataque, as coisas não estão muito melhores. Derrick Henry tem falhado em momentos decisivos, com fumbles cruciais contra Bills e Lions que custaram vitórias possíveis. O time parece viver um ciclo de autossabotagem: domina parte do jogo, mas desmorona quando mais precisa de execução e frieza.

As lesões também têm sido um fator determinante. A ausência de peças importantes em ambas as trincheiras comprometeu a proteção de Lamar, e agora o próprio quarterback lida com problemas físicos, deixando a equipe ainda mais instável. Sem ritmo, sem identidade e com confiança abalada, Baltimore se vê em um ponto crítico da temporada. Isso fica explícito quando olhamos as cotações em casas de apostas para o time ir à pós-temporada: se antes da temporada era de 1.16, hoje já é de 1.60.

Para um elenco que deveria brigar pelo topo da AFC, o atual cenário é alarmante. Se Harbaugh não conseguir corrigir a defesa e recuperar a mentalidade vencedora rapidamente, os Ravens correm o risco de transformar um ano promissor em um completo desastre — e talvez iniciar um inevitável ciclo de mudanças profundas em Baltimore.

A maior crise da era Mahomes

nfl 2025 Patrick Mahomes kansas city Chiefs

Quem se acostumou com o brilhante Kansas City Chiefs, deve estar assustado: está tudo bem distante do padrão de excelência que marcou a era Patrick Mahomes. Com uma campanha de 2-3, o time parece preso em uma espiral de limitações ofensivas e inconsistência defensiva que ameaça suas ambições dentro da AFC.

O jogo terrestre atingiu um ponto crítico. A incapacidade de correr com eficiência obriga Mahomes a operar em situações óbvias de passe, tornando o ataque previsível e facilitando o trabalho das defesas adversárias. Sem equilíbrio, o quarterback precisa constantemente improvisar — e nem o talento geracional dele é suficiente para mascarar tantas falhas estruturais.

O grupo de recebedores também é parte do problema. Falta profundidade, separação e confiança. A expectativa é que o retorno de Rashee Rice, suspenso até a semana 7, traga alguma estabilidade, mas depender dele para resgatar a produção aérea mostra o quão limitada está a unidade.

Mesmo os veteranos que sustentaram o domínio recente dos Chiefs parecem em declínio. Travis Kelce já não é o pesadelo constante de defesas que costumava ser, enquanto Chris Jones perdeu explosão e tem impactado menos o pass rush. Para piorar, a defesa contra o jogo terrestre vem sendo facilmente explorada, cedendo uma média de 4,8 jardas por tentativa — um número alarmante para um time que vive de controlar o ritmo e proteger o placar.

A soma de todos esses fatores coloca Kansas City em uma encruzilhada rara: pela primeira vez na era Mahomes, há dúvidas reais sobre a capacidade do time de reagir. Se não houver ajustes imediatos, 2025 pode marcar o início de uma queda que poucos imaginavam ser possível. Por mais que a confiança numa ida aos playoffs ainda seja alta, com as casas de apostas pagando 1.45 pela classificação da equipe, fazia tempo que não se via tanto futebol americano ruim nos Chiefs.

Ataque fora ritmo dos Texans assusta

O Houston Texans atravessa um turbulento começo de 2025, marcado por inconsistência e dificuldades ofensivas. Com uma campanha de 2-3, o time tenta apagar o péssimo começo 0-3, quando o ataque produziu uma média de apenas 12 pontos por jogo. Enquanto as classificações de Colts e Jaguars aos playoffs são vistas com bons olhos pelas casas de apostas, a situação do Texans não é tão favorável, embora o time tenha odds de 2.30 para garantir uma vaga na pós-temporada.

Grande parte dos problemas começa na linha ofensiva, que tem sido uma das principais vulnerabilidades da equipe. Porosa e desorganizada, ela deixou Stroud constantemente em apuros, forçando o quarterback a tomar decisões rápidas e limitando o desenvolvimento das jogadas mais complexas. A falta de proteção não apenas reduziu a eficiência do ataque, mas também afetou a confiança de um dos jovens talentos mais promissores da liga.

O novo coordenador ofensivo Nick Caley também demorou a encontrar o ritmo nas chamadas. As primeiras partidas mostraram um ataque engessado, sem fluidez entre o jogo corrido e o aéreo, e com pouca criatividade nas situações de red zone. O resultado foi uma unidade previsível e incapaz de manter o controle da posse.

Os números refletem essa ineficiência: os Texans estão entre os sete piores times da NFL em conversões de terceiras descidas, um dado que ilustra a dificuldade de sustentar campanhas longas e transformar boas oportunidades em pontos.

Embora as vitórias recentes indiquem leve progresso, Houston ainda está longe do padrão competitivo que mostrou no ano passado. Se quiser se manter na briga por playoffs – hoje, o cenário apontado é de o time ficando fora -, o time precisa estabilizar a linha ofensiva, dar mais tempo a Stroud e permitir que Caley finalmente encontre uma identidade ofensiva consistente.

Cardinals seguem sendo o time do quase

Tudo parece dar errado nos momentos decisivos: assim o Arizona Cardinals segue sofrendo e fazendo seu torcedor ter crises de raiva semanais. Com campanha de 2-3, o time poderia facilmente estar 5-0 — mas perdeu todos os seus jogos no estouro do relógio, transformando boas atuações em derrotas dolorosas. A falta de capacidade para fechar partidas é o retrato de uma equipe talentosa, porém emocionalmente frágil e mal administrada nos detalhes.

O técnico Jonathan Gannon começa a sentir o peso das críticas. Seu comando tem sido questionado, especialmente pelo estilo excessivamente conservador do ataque comandado pelo coordenador Drew Petzing. As chamadas previsíveis e o medo de arriscar têm limitado o potencial de um elenco que, mesmo sem grandes estrelas, já mostrou condições de competir. Falta ousadia e ajustes táticos — dois fatores essenciais para transformar performances competitivas em vitórias.

Do outro lado da bola, a defesa aérea é um problema sério. O sistema tem falhado repetidamente em conter passes longos, permitindo big plays que destroem qualquer tentativa de controle de jogo. A vulnerabilidade nas coberturas profundas tem sido explorada por praticamente todos os adversários.

O exemplo mais simbólico do caos aconteceu na derrota para os Tennessee Titans. Após abrir 21 a 6, os Cardinals pareciam no controle até um fumble de Emari Demercado na beira da end zone, seguido por uma sequência de jogadas bizarras que resultaram em virada no fim. Um colapso que resume bem o que tem sido o time: competitivo, mas incapaz de finalizar.

Enquanto Gannon e Petzing não encontrarem o equilíbrio entre agressividade e controle, os Cardinals continuarão presos nesse ciclo frustrante de “quase vitórias” — e cada uma delas pesa mais do que a anterior. Numa divisão tão dura como a NFC West, ir para os playoffs tropeçando assim nunca é fácil – não à toa, as casas de apostas dão odds de apenas 6.50 para uma ida aos playoffs de 2025.

E mesmo com as primeiras semanas revelando surpresas e frustrações, ainda há muito futebol americano pela frente. A temporada está longe de acabar, e cada jogo pode alterar a trajetória de times e jogadores. Isso garante que a disputa será intensa até o último minuto, com emoções, reviravoltas e histórias inesperadas se desenrolando a cada rodada. Para os fãs, é um lembrete de que acompanhar a NFL é viver a imprevisibilidade em sua forma mais empolgante.

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