Daniels, Caleb, Nix, Maye e cia: o que esperar dos QBs em segundo ano na NFL?

Escrito por: Deivis Chiodini, Colaborador | Revisado por: Ricardo Crespo, Editor-chefe
Última atualização com odds corretas em jul 02, 2025 04:25 pm – Odds sujeitas a alterações

temporada 2025 nfl season

Se tem uma máxima que deve ser levada a sério na NFL é que ninguém sabe o que esperar de um quarterback em seu segundo ano. Pouco importa quanto ele brilhou ou foi mal, é na segunda temporada que começa-se a entender o que ele será definitivamente na carreira. Quer um exemplo de quem brilhou e sumiu? Fácil: Robert Griffin III. Em sua temporada de calouro, ele brilhou, encantando todos pelo Washington Redskins (hoje Commanders). Foram 20 touchdowns passados, mais 7 corridos, e apenas 5 interceptações. No ano seguinte as lesões começaram a aparecer, as defesas entenderam seu jogo e ele teve 20 touchdowns e 18 interceptações em 2013 e 14 somados. Dali em diante foi só ladeira abaixo.

Tudo que Washington não quer é que a história se repita em relação a sua nova estrela: Jayden Daniels venceu o prêmio de calouro ofensivo de 2024 com sobras: foram 99% dos votos. O sonho dos Commanders é que ele repita o feito de Patrick Mahomes e Lamar Jackson, que venceram o prêmio de jogador mais valioso da liga, o MVP, logo em sua segunda temporada na liga. Bem cotado, Jayden Daniels está: com odds de 9.50, ele é o quinto, ficando atrás apenas dos já citados Mahomes e Lamar, além de Josh Allen e Joe Burrow.

Um pequeno adendo: a prova de como o MVP é um prêmio de quarterback é a cotação de Saquon Barkley. O corredor que fez chover é o primeiro não-QB na lista, com odds de 51.00. Ele está atrás de nomes como Baker Mayfield e Tua Tagovailoa, por exemplo.

Voltando a Jayden Daniels, um número curioso é como sua linha de touchdowns passados está baixa nas casas de apostas em operação no Brasil: apenas 23,5. Vale lembrar que já como calouro, ele lançou para 25 touchdowns. Para 2025, Washington reforçou o elenco como Deebo Samuel (vindo do San Francisco 49ers) e Jaylin Lane (via Draft), além de trazer Laremy Tunsil – este vindo do Houston Texans – para melhorar a proteção.

Outro número curioso é o de jardas corridas: Daniels é um quarterback móvel e que teve quase 900 jardas usando as pernas em seu ano de novato. Além de correr em jogadas desenhadas para isso, ele se aproveita de um sistema de passes verticais, que obriga a defesa a ir pro fundo do campo, para correr e ter avanços improvisando. Todavia, sua linha de jardas terrestres é de apenas 675 para 2025, o que representaria um decréscimo de 30% em sua produção correndo.

O que isso tudo quer dizer? Que todo mundo está ligado na máxima citada no começo do texto: um quarterback segundanista é uma grande caixinha de surpresas. Daniels pode repetir Mahomes e Lamar, como visto nas casas de apostas. Contudo, canja de galinha e precaução nunca fizeram mal para ninguém: o decréscimo nas linhas de passes para touchdowns e jardas corridas apontam que todos sabem que a oscilação na segunda temporada pode aparecer também para o quarterback dos Commanders.

Agora, o comando é outro

Ninguém precisava mais de ajuda externa em seu segundo ano do que Caleb Williams. Não se engane pelo seus números de 2024 pelo Chicago Bears: muitos de seus 20 touchdowns e das 3541 jardas foram conseguidos no chamado “garbage time”, aquele momento em que o placar já desgarrou e o time que está vencendo coloca reservas em campo. Num ataque mal desenhado, Caleb viu Shane Waldron (coordenador ofensivo) ser demitido em 12 de novembro. Como o caos pouco é bobagem, o head coach Matt Eberflus também foi para rua em 29 de novembro, após um gerenciamento de relógio catastrófico diante do Detroit Lions no Thanksgiving.

E é justamente do rival Lions que vem a ajuda. Ben Johnson, o homem que tornou o ataque de Detroit um dos mais poderosos dos últimos anos, é o novo head coach dos Bears. E ele chega com moral: é um dos favoritos ao prêmio de treinador do ano de 2025, como odds de 7.50. Vale lembrar que nos últimos 8 anos, 4 treinadores venceram este prêmio logo em seu ano de estreia.

Uma das missões de Johnson é ajudar Caleb a quebrar duas escritas que incomodam os Bears e seu torcedor. A franquia é a única da liga a não ter um passador com mais de 4000 mil jardas aéreas em uma temporada. Além disso, Chicago jamais teve sequer um quarterback que lançou para 30 touchdowns no mesmo ano. Numa NFL tão aérea e explosiva esses números soam surreais: em 2024, 6 quartebacks lançaram para mais de 4000 jardas e 5 para mais de 30 touchdowns.

Quando olhamos para as linhas de Caleb, dá para notar que o otimismo passa mais pelas jardas que pelo número de touchdowns. Enquanto as odds são de 3,50 para que ele consiga quebrar a barreira das 4000 jardas aéreas, as casas de apostas apresentam uma linha de 23,5 touchdowns passados, com odds de 2.15 se esse número for quebrado.

Isso pode ser explicado por uma tendência ofensiva de Ben Johnson: em 2024, os Lions foram o segundo time que mais marcou touchdowns terrestres, com 29. Isso mostra que quando eles chegam perto da end zone, costumam correr muito, diminuindo o número de touchdowns de seu QB.

Vale uma atenção nos Bears ao número de jardas projetado para o wide receiver D.J. Moore: apenas 1000,5. Apesar de ele não ter batido essa marca em 2024 – foram 966 -, ele já a superou por 4 vezes em 7 anos na NFL, sendo a última em 2023 nos próprios Bears.

Pronto para o próximo passo?

É claro que na NFL nenhum sucesso é individual, mas é inegável que quando seu quarterback consegue jogar bem, a chance de conseguir a glória é maior. Basta ver a temporada do Denver Broncos de 2024: com Bo Nix jogando bem acima do esperado para um calouro, o time potencializou uma boa defesa e foi aos playoffs, algo que não acontecia desde 2015, ano em que venceu o Super Bowl 50, na derradeira partida de Peyton Manning como profissional.

Já para 2025, ele terá como missão quebrar uma barreira que vem do mesmo 2015: vencer a AFC West. De lá para cá, somente o Kansas City Chiefs é quem venceu e segue como favorito: a equipe tem odds de 1.90 para repetir o feito, além de ser uma das favoritas ao título no Super Bowl LX. O Denver Broncos não é nem o segundo: enquanto para franquia do Colorado as odds são de 4.50, para os Chargers é de 3.95. É possível que a justificativa esteja no confronto direto: em 2024, os Chargers venceram os dois embates, algo que não acontecia desde 2010.

A previsão individual em torno de Nix também é bem conservadora: apesar de ter lançado para 29 touchdowns em sua temporada de estreia, sua linha para 2025 é de 24,5, o que representaria uma queda de quase 30% em seus touchdowns. A escolha de R.J. Harvey na segunda rodada do Draft e a recente contratação de J.K. Dobbins – ambos corredores – impacta: Sean Payton, head coach do time, já disse querer melhorar o jogo corrido nessa temporada.

Se a cautela em torno do quarterback da equipe existe, ela é estendida para o time: a linha de vitórias é de 9,5 e paga 2.05 para se os Broncos superarem e apenas 1.72 se ficarem abaixo disso. Vale lembrar que Denver venceu 10 jogos no ano passado, mas o décimo foi na última rodada, diante de um Kansas City Chiefs que poupou basicamente todos os seus titulares.

Com tantas linhas desfavoráveis, é óbvio que o torcedor poderia ficar pessimista. Entretanto, é preciso lembrar que em 2024 ninguém apostava nos Broncos: a linha de vitórias estimada era de 5,5 e foi batida já na semana 11. Se mais uma vez Denver superar as expectativas, o nome de Sean Payton ganhará força para o prêmio de treinador do ano.

Uma nova esperança

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Se em Chicago a esperança vem de uma ajuda fora das 4 linhas, no New England Patriots a coisa não é diferente: Mike Vrabel chega cheio de moral na franquia por qual venceu o Super Bowl como jogador: é o segundo mais cotado para o prêmio de treinador do ano, que ele já venceu em 2021, dirigindo o Tennessee Titans.

Sua primeira missão é ajudar Drake Maye a se tornar o quarterback da franquia. Depois do fracasso da operação Mac Jones, as coisas degringolaram e só foram ter uma leve melhora quando o então calouro Maye se tornou titular na semana 7. Não que os resultados tenham vindo às mil maravilhas: o elenco ofensivo era rídiculo e o suporte péssimo, mas o jovem lançador mostrou bons flashes e deixou esperança de um futuro melhor para a carente torcida dos Patriots.

Se para os quarterbacks que tiveram a temporada inteira, a cautela prevalece, com Maye não é diferente: sua linha de touchdowns lançados é de 19,5. Considerando que ele teve 15 em 11 jogos completos como titular, era de se especular que subisse para algo próximo a casa dos 22 ao menos. É bom ressaltar que os Patriots selecionaram o offensive tackle Will Campbell na primeira rodada do Draft para melhorar a proteção: a linha ofensiva de New England foi a segunda pior protegendo seu QB, segundo números do Pro Football Focus.

New England também fez investimos no grupo de running backs – Treveyon Henderson foi draftado – e principalmente de recebedores: Stefon Diggs veio via free agency e Kyle Williams selecionado no dia 2 do Draft. Tudo isso visando dar um suporte melhor para Maye. A confiança no trabalho de Vrabel com esses reforços é tão grande que a linha de vitórias projetada nas casas de apostas é de 7,5 com odds de 2.30 se o time não a atingir. Confiança em alta para quem teve apenas 4 triunfos em 2024.

E os “semi-calouros”?

Não há termo melhor para definir Michael Penix e J.J. McCarthy que semi-calouros. Selecionados no Draft de 2024, eles tiveram poucas oportunidades na temporada passada, o que torna suas projeções mais complicadas. Ainda assim, sempre é possível tentar entender e clarificar melhor esses cenários.

Penix teve apenas 3 partidas comandando o Atlanta Falcons, entrando num cenário completamente desfavorável. Foram pouco mais de 100 passes tentados, mas uma coisa deu para notar: ele sabe soltar o braço. Foram 7 passes e 198 jardas em passes em que a bola viajou pelo menos 20 no ar, terceira melhor marca da liga no quesito no lastro em que ele esteve em campo. Se ele mantiver o ritmo, sua linha de 3250 jardas pode ser batida: os Falcons têm em Drake London um bom recebedor vertical. Penix já mostrava braço em seus tempos de college football: em seu último ano foram quase 5000 jardas lançadas.

Quanto a McCarthy, ele se lesionou ainda na pré-temporada e viu Sam Darnold ressuscitar sua carreira nas mãos de Kevin O’Connell. O feito foi tão grande que fez o treinador ganhar o prêmio de melhor do ano, o segundo de McCarthy, algo que não acontecia desde que Joe Gibbs realizou o feito em 1982/1983.

Vale também ressaltar que McCarthy é um grande candidato ao prêmio de “comeback”, dado ao jogador que volta de uma adversidade: é o quinto mais bem cotado entre os concorrentes. Com um elenco de apoio estelar, que conta com Justin Jefferson, Jordan Addison e T.J. Hockenson, o segundanista vindo de Michigan merece a confiança.

É de se notar que sempre existem muitos “se” em torno de quarterbacks de segundo ano: é o que a história mostra como referencial e todos seguem. No entanto, não há como negar que a classe selecionada em 2024 em geral começou bem sua carreira. Agora, é esperar ver quem se consolida em 2025: um ano só não faz a carreira de ninguém na NFL.

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