O futebol é um esporte de alta intensidade e exige muito do físico dos atletas. Portanto, as condições climáticas interferem diretamente no desempenho dos jogadores e, países de clima tropical como o Brasil, o alto calor e a umidade castigam os atletas.
Segundo o cardiologista Nabil Ghorayeb, chefe da seção CardioEsporte do Instituto Dante Pazzanese Cardiologia, o calor ocasiona em 75% das vezes cãibras e os 25% restantes uma combinação de insolação, exaustão além da perigosa hiponatremia (queda da quantidade de sódio no sangue) em um esporte.
“Em geral isso acontece pela ingestão excessiva apenas de água ao invés de isotônicos, e as consequências podem ser catastróficas se não forem reconhecidas e tratadas apropriadamente”, diz Ghorayeb.
Em 2014, a Copa do Mundo foi disputada no Brasil, teve 171 gols — média de 2,67 por partidas. De acordo com alguns cientistas, esse alto número de gols foi impulsionado pelo clima quente e úmido brasileiro. Inglaterra e Itália, por exemplo, jogaram em Manaus, cidade com temperatura próxima a 34 graus e com 90% de umidade.
Além disso, os holandeses também reclamaram muito do calor no Brasil e pediram mais paradas técnicas para evitar “alucinações” dos jogadores — devido às condições climáticas de algumas regiões do país.
“Esperamos paradas técnicas se não vamos espalhar nossas garrafinhas de água ao redor do gramado, pois a desidratação é algo que incluímos nos nossos treinos, pois cada jogador tem sua própria identidade. Tem jogadores que perdem 4 litros por jogo, imagina, você precisa beber água se não começará a ter alucinações. Teremos água pronta ao redor do gramado. E esperamos que o árbitro faça parada técnica”, disse Van Gaal, treinador da seleção holandesa, em 2014.
Em dias muito quentes, a temperatura do corpo pode chegar até 39 graus e, com isso, o corpo precisa de muito mais energia para funcionar. Em condições de alta umidade, como na Amazônia, os atletas suam mais e a desidratação pode causar de câimbras à perda da capacidade cognitiva. No futebol, isso pode fazer com que os atletas se desconcentrem com maior facilidade — principalmente atletas que estão muito acostumados com esse tipo de clima.
“Existem vários estudos no futebol que mostram que você tem uma incidência maior de gols no terço final (15 minutos) de cada tempo, e a explicação seria o desgaste maior. O gol sempre sai de um grande erro, de um grande acerto ou de uma combinação dos dois. A influência do erro (sobre a taxa de gols) é sempre levada em conta no futebol”, diz o fisiologista brasileiro Turíbio Leite, o que é uma boa informação antes de fazer um depósito para suas apostas.
Veredito
Em dias muito quentes e com alta umidade, a tendência é que saia um número de gols maior do que em condições normais, já que os atletas podem se desconcentrar com maior facilidade e têm uma gradual queda física. Levando em conta cenários semelhantes, uma boa dica para entrar nas grandes casas de apostas em 2024 é apostar em um volume maior de gols no segundo tempo — devido ao maior nível de desgaste dos atletas.