Não é novidade para ninguém que os times de futebol têm uma relevante vantagem sempre que jogam sob seus domínios. Mas quais são as razões que apontam para isso? Para responder essas e outras questões sobre o fator casa no futebol, o sites de apostas se embasou em números e levou em conta opiniões de grandes profissionais do futebol profissional.
A vantagem dos mandantes em números
No Brasileirão de 2019, 14 das 20 equipes tiveram 50% ou mais de aproveitamento como mandante. O campeão Flamengo, por exemplo, terminou a competição invicto jogando em seus domínios — 92,98% de aproveitamento como mandante.
Outro exemplo vem dos Estados Unidos. Entre 1998 e 2013, na MLS (Major League Soccer), 49,4% das partidas terminaram com vitória dos mandantes — os visitantes, nesse mesmo período, venceram 26,5% dos confrontos.
Já os autores Jim Albert e Ruud H. Koning, autores do livro Statistical Thinking in Sports, analisaram aproximadamente 9000 partidas de futebol interacional entre 1993 e 2004. Desse montante, 50,3% dos jogos foram vencidos por mandantes e 25,1% por visitantes. Um detalhe interessante nessa pesquisa de Jim e Ruud é que países como Brasil, França e Espanha os mandantes de 60% de seus jogos em casa.
Viagens muito longas atrapalham os visitantes
Em uma análise de partida, o apostador deve levar em conta as viagens longas que as equipes visitantes fazem para jogar, principalmente em países de grandes dimensões territoriais, como Brasil, China, Estados Unidos e Rússia.
Em 2012, o site globoesporte.com realizou uma pesquisa com jogadores da Série A e da Série B do Brasileirão, na qual o site queria compreender quais são as maiores dificuldades da profissão de futebolista.
A principal reclamação dos jogadores foi em relação às viagens. 33,3% dos jogadores apontaram o desgaste das longas viagens como a principal dificuldade na carreira de um atleta de futebol em país de dimensões continentais como o Brasil.
“Quando vamos fazer viagens longas, tem aquele trabalho de descanso e de gelo após a partida na casa do adversário. Assim, minimizamos os efeitos, já que ainda teremos a viagem e ficaremos muito tempo sem poder esticar a perna, sem andar. Mas, acima de tudo, temos que nos acostumar e saber que este ano teremos viagens para o Nordeste. Por isso, temos que conversar com a comissão técnica para não sairmos desgastados e, às vezes, até antecipar a concentração”, disse o ex-jogador Richarlyson, que na época da pesquisa defendia o Atlético Mineiro.
Em 2015, o Sport, clube do Nordeste, precisou viajar 70.343 quilômetros para jogar 19 jogos como visitante no Brasileirão daquele ano. Para se ter uma ideia, uma viagem entre Recife e Porto Alegre, ida e volta, são 5.964 km em linha reta.
“Do ponto de vista da fisiologia e da preparação física as contínuas e longas viagens fazem com que os profissionais destas áreas dos clubes alterem rotineiramente toda a programação de treinos dos microciclos, visto que a resposta de cada jogador é diferenciada e individual, que deve sempre ser monitorada”, explica o fisiologista Clodoaldo Dechichi.
“Trabalhos de recuperação muscular devido às sobrecargas do jogo anterior, bem como o tratamento de microlesões, contraturas, enrijecimento, desconforto e fadiga muscular dos jogadores ficam consideravelmente prejudicados, completa.
Qual é o peso que o apostador deve dar para mandantes nas análises?
O fator casa é muito importante na hora de fazer as entradas nos principais sites de apostas em 2024, e as estatísticas compravam isso. No entanto, um jogo de futebol deve ser analisado como um todo e não apenas embasado na questão de mandante ou visitante.
Em resumo, o apostador precisa saber utilizar o fator casa nas apostas online de futebol. Às vezes, o valor da aposta está no visitante e não no mandante. Portanto, apostar em futebol nas top casas do Brasil é analisar mais do que a força da camisa de determinado time e o fator casa, são várias peças de um quebra-cabeça que vão se encaixando — umas maiores do que as outras.